"os meninos bonzihos vão para o ceu
e os mala vão para o handebol"

quinta-feira, 19 de julho de 2007

BRASIL VENCE CUBA E VAI PARA SEMI FINAL EM 1º

Em partida de duas equipes já classificadas para a semifinal, o Brasil derrotou a seleção de Cuba por 35 a 26 no último jogo da fase de grupos do torneio de handebol masculino dos Jogos Pan-Americanos. A vitória assegurou à seleção a primeira colocação do grupo B.

O triunfo também deu ao Brasil a oportunidade de enfrentar um adversário mais fraco na próxima fase. O Uruguai - que se tornou o segundo do grupo A ao bater o México por 31 a 21 - irá encarar o Brasil nesta sexta-feira pelas semifinais da competição.

A outra partida reunirá a Argentina - que continuou em primeiro do grupo A ao vencer a República Dominicana por 33 a 25 - e Cuba (segunda colocada do grupo B). Os confrontos serão realizados na próxima sexta-feira.

"Foi um jogo muito difícil, mas o importante é que o Brasil soube corrigir seus erros a tempo", avaliou o técnico Jordi Ribera após a partida contra Cuba.

"Já tínhamos enfrentado Cuba em amistosos, mas fazia tempo que não os encontrávamos em competições oficiais. Eles são fortes e muito agressivos, o que atrapalhou um pouco nosso jogo. Nossos centrais tiveram muito trabalho, mas foram essenciais pela habilidade", disse o treinador, em elogio a Jaqson e Jardel.

A partida também marcou a estréia em quadra do armador Bruno Souza, que até então não tinha atuado pelo Brasil, devido a uma lesão no tornozelo. Bruno foi um dos destaques do Brasil, ao lado de Borges, ambos com sete gols. O artilheiro do jogo, no entanto, foi o cubano Pavan, com oito gols. Mas Ribera minimizou a importância de Bruno na vitória.

"Temos um grupo unido, com o qual venho trabalhando há muito tempo. Se a equipe não funciona como um todo, o destaque individual tampouco importa", afirmou o treinador. "Preferimos colocar o Bruno em quadra totalmente recuperado, para evitar uma nova lesão."

Apesar da invencibilidade na primeira fase e a longa comemoração entre os jogadores após a partida, o discurso oficial se manteve longe do entusiasmo. "Não ganhamos nada ainda, o trabalho ainda não está cumprido. Temos que continuar concentrados para a semifinal, já que as partidas serão cada vez mais difíceis", ponderou Silvinho.

Que o jogo seria o mais difícil até agora, os brasileiros já imaginavam. Mas isso não impediu que a seleção entrasse nervosa em quadra, e deixasse que os cubanos abrissem o placar. Correndo atrás do prejuízo, o Brasil precisou de gritos do goleiro Maik e do técnico Jordi Ribera para "entrar nos eixos".

Com 5 a 2 para os cubanos, que entraram acelerados no primeiro tempo, o Brasil precisou dos 10 minutos iniciais para acertar seu posicionamento. A torcida foi outro fator influente, e não parou de provocar os adversários durante toda a primeira etapa. A grande alternância de jogadas - Jaqson, Silvinho, Zeba, Bruno Souza, Tupan, Menta e Borges marcaram gols - foi a solução para a seleção, que pôde respirar ainda no primeiro tempo, que passou a dominar nos minutos finais, e fechou com surpreendentes 18 a 10.


Na segunda etapa, o jogo foi outro. Com mais tranquilidade pelo placar elástico, a seleção aproveitou para gastar seu tempo de posse de bola, e tentou segurar um pouco o ritmo. Os cubanos, agressivos, acabaram antecipando a derrota quando Areaga foi expulso após falta grave em Bruno Souza.

Com um a menos, Cuba pareceu desistir do jogo, e coube ao Brasil somente administrar a vantagem, para vencer por 35 a 26.

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